Venha explorar a floresta…
Exploramos pontos de encontro, de surpresa e também de estranheza com os povos originários…
O que sabemos sobre a forma de ser e de pensar dos povos originários do Brasil? O que podemos entender da sua relação com o mundo natural e o espiritual, ou sobre a relação com as plantas, com as estrelas e as formas de ocupação do território?
O Pensamento da Floresta apresenta recortes sobre este vasto universo indígena através de entrevistas com especialistas em diversos temas, apresentando conteúdo de qualidade que extrapolam a produção acadêmica e literária. Conversamos com especialistas, motivando-os a trocar em miúdos aquilo que vêm estudando, de modo a explorar pontos de encontro, de surpresa, ou de estranheza com os povos originários.
A motivação que impulsiona o desenvolvimento desse espaço virtual é possibilitar que mais pessoas, de diferentes formações e trajetórias, do Brasil e do mundo, possam conhecer um pouco do muito que se tem produzido academicamente sobre os povos indígenas. Dito de outra forma, o Pensamento da Floresta nasceu do desejo de dar a conhecer algo que está concentrado em livros e artigos de especialistas, ou em relatos dos próprios indígenas, sobre os quais poucos têm acesso. Acreditamos que a ampliação de informações, em outros formatos de narrativas e comunicação, possibilita mudanças sociais na forma como esses povos são vistos e tratados.
“O riso está presente em todas as dimensões da vida Krahô. Ele tem essa capacidade em promover aberturas, encontros, conexões e o compartilhamento dos corpos”
“Para os Krahô, justamente uma roça pur pej ou seja, uma roça bela e boa, é uma roça diversa. E essa diversidade depende dessas trocas, dessas sementes que estão circulando entre essas diferentes famílias”.
“Hoje não existem povos que estão isolados porque não têm notícia do contato com a sociedade. Os isolados não têm contato porque não querem, é uma declaração formal de rejeição. Esses grupos são fragmentos de povos, são sobreviventes que passaram por experiências de massacre”.
“Os povos indígenas são colecionadores de diferença, enquanto a gente é uma máquina de produção de homogeneidade em todas as instâncias”.
“Eu acho que a arqueologia da Amazônia é tão diferente que, de fato, a ação humana aqui é essa confusão entre o conhecimento e a natureza. Eu acho que a gente tem muita dificuldade para separar o que é natural do que é cultural”.